Como parte da Architectural League Prize for Young Architects + Designers 2012 award, MMX foi convidado a participar de uma exposição para mostrar alguns dos trabalhos feitos pelo escritório juntamente com outros ganhadores do prêmio deste ano na Arnold and Sheila Aronson galleries em Parsons The New School for Design in New York City.
Quando se pretende criar uma retrospectiva de um escritório, a tendência é mostrar o montante do trabalho através de maquetes e painéis. Surge então a pergunta: Qual a melhor forma de transmitir os princípios de um escritório de arquitetura? Deveria ser através de séries de imagens e modelos que representem os projetos, que originalmente seriam vistos em um contexto totalmente diferente e com informações limitadas para entendê-los na totalidade, ou através de um projeto por si mesmo, em que as pessoas possam experimentar no lugar.
“Mostrar nosso trabalho através de uma série de maquetes e imagens estaria, inevitavelmente, fora de contexto. Por isso, propusemos ilustrar nossos interesses e ações através de uma instalação que transmitisse, por si mesma, nossa visão. Desenvolver um projeto específico para a exposição, integrado com o espaço da galeria, permite-nos expressar o nosso trabalho muito melhor do que os murais e os modelos tradicionais.”
A intervenção modifica o contexto da galeria, adaptando-se ao espaço mediante a interface que faz um pano de fundo anônimo para o resto da exposição. Materializa-se um espaço dentro de um espaço, onde os visitantes podem sentar-se tranquilamente e refletir sobre o contexto, o espaço e o conteúdo do espaço.
Supondo que o espaço da galeria será preenchido com o conteúdo visual dos diferentes escritórios de arquitetura, criou-se um pequeno espaço confinado que pudesse ser percebido como uma peça neutra do exterior, mas que também pudesse ser atravessada. Uma vez dentro, um pequeno espaço confinado onde pode haver escritos explicando a filosofia do trabalho, o que se torna a instalação. A ideia é criar um espaço dentro de outro espaço onde os visitantes possam se desconectar do resto da exposição e absorver a informação em um ambiente mais introvertido.
Transporte e fabricação foram os elementos condicionantes no processo de desenho. O desafio seria transportar uma grande superfície de outro país, por avião. Por isso foi pensado em um sistema pré-fabricado capaz de ser comprimido em um volume mínimo para ser transportado e montado eficientemente.
O papel pode ser comprimido facilmente, dobrando-o em padrões geométricos simples, ele adquire volume quando esticado. Repensando uma técnica antiga, o origami, desenvolvida há mais de mil anos, o papel oferece as características de desempenho necessárias para responder ao desafio. O mesmo converte-se na coluna vertebral da instalação. Uma técnica, sem uso de computador, que cobre escalas arquitetônicas, e é transportado em uma bagagem de mão.